November 3, 2015

Um mês sem internet e a minha sanidade mental

Desde os tempos de mIRC (em que o modem fazia a casa estremecer com o barulho infernal, demorando cerca de 10 minutos até que a internet ficasse pronta a utilizar) que não me lembro de ter ficado tanto tempo offline. Já lá vão mais de 15 anos e acreditem que estive em países como India ou Nepal que muita gente ainda se interroga se haverá net. (Para os curiosos: Sim, a internet já lá chegou)

Admito que sou uma viciadona na internet:
>> É a forma mais eficaz de falar com amigos no Mundo inteiro (Skype I love you);
>> Já nem vou ao youtube a não ser para aprender a fazer alguma coisa pois já sei que vou passar no mínimo 6 horas seguidas a clicar de video em video;

>> Para mal dos meus pecados adquiri um smartphone há poucos meses e fiquei louca pelo instagram, que lugar mais encantador com tamanha inspiração;
>> Só para não falar nos blogs, a minha perdição, as minhas amizades virtuais, onde leio coisas que me interessam e histórias que me fazem pensar, divertir, sorrir e até chorar. 

Então mas onde tiveste miuda? Pois se tivesse em casa ou a viajar dum sitio para o outro com certeza isto não aconteceria, vou à net sempre que posso, pretty much. Desta vez rumei para a California, dhá três anos que eu e o Bruno voamos para os EUA para estarmos com a nossa família do coração americana, aproveitando para trabalhar em housekeeping e fruit picking. Os nossos amigos vivem no meio do nada, mais concretamente 45 minutos da civilização mais próxima e decidiram que não iam ter internet. Nós não temos carro (precisamos de cartão visa para alugar um carro e não possuimos tal reliquia) e por isso não tinhamos como nos deslocar quando bem nos apetecia. 

Este ano tivemos imenso trabalho e sempre que iamos até à civilização com os nossos amigos era para divertirmo-nos: comer num restaurante, ir ao cinema, fazer compras nas thrift stores, passear na praia... Por isso no total deste mês tivemos menos de duas horas online, sim, de vez em quando íamos ali ao cafezinho tomar um hot chocolat com um blueberry muffin enquanto dizia à mãe "estou viva". 

Para além de dar notícias à familia tentava abrir todos os posts do bloglovin o mais rapido possivel para poder lê-los mais tarde. Já tinha acabado o meu livro e estava sem vontade de ler em inglês então ler os meus blogs preferidos daria um brilho à minha vida (Ler é como um orgão vital na minha vida) e estaria mais perto de vós. Se por um lado estava tão feliz de conseguir ler as vossas novidades por outro lado ficava muito frustrada pois queria participar da publicação através de um comentário e não podia pois estava a ler-vos offline. Ainda pensei em anotar todos os posts que queria comentar para fazê-lo assim que tivesse acesso à internet mas fará algum sentido responder a um post com quinze dias de atraso? O assunto meio que morre pelo caminho... Acabei por decorar 3 ou 4 posts que queria mesmo mesmo mesmo deixar umas palavrinhas e o resto pensei "é a vida". 

Foram tempos dificeis sim, nesta Era Tecnologica em que estamos tão acostumados/as a utilizar a internet para tantas utilidades do quotidiano e, de repente, ficamos sem ela... Mas soube bem, soube muito bem. Na primeira semana nem me fez grande falta, reconectei-me com as raizes, a Mãe Natureza, estava mesmo a precisar ficar um tempo comigo própria à volta das montanhas imensas com florestas de pinheiros e um lago enorme. No meio tive uns momentos de ressaca-net. No final já estava habituada, até cheguei a pensar que era capaz de viver sem internet para sempre. Not :) 

Entretanto escrevi offline a minha opinião sobre o livro "Até onde vais com 1000€" (dois viajantes decidem ir de bicicleta de Portugal a Dakar. yep! A sério) que vou postar brevemente aqui. 

Deixo aqui algumas fotografias tiradas com o tal smartphone do local onde fiquei em retiro obrigatorio cibernautico:






Desejo-vos uma semana linda e maravilhosa, aproveitem para ficar sem internet um dia para ver como é giro :D

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Grata por comentares, adoro saber o que passa pela tua mente.

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