Mysore - Índia, 2 de Novembro de 2011
1 - Comes com a mão direita, com ou sem colher, mas nunca com a esquerda. (já sou uma perita a comer arroz com a mão!!) Garfo e faca só em casamentos mas como os indianos não têm prática comem com as mãos às escondidas.
2 - Não existem nomes de ruas mas referências para chegar aos locais. (Exemplo: Hospital Adythia, viras na segunda à esquerda, à tua direita tens o restaurante Om Shanti, viras na primeira à esquerda e o prédio é o castanho no 2º andar)
3 - Quando os indianos querem dizer que sim abanam a cabeça como se fosse não. Mas também o fazem por outras razões que ainda estou a averiguar.
4 - Tanto as crianças como os idosos gostam de dizer olá aos turistas ocidentais. Também gostam de nos tocar subtilmente ou dar um passou-bem.
5 - Geralmente os indianos gostam de ajudar os ocidentais. Mal te vem com ar de perdido vão logo ter contigo.
6 - Os indianos são muito criativos com os seus negócios. Vendem um pouco de tudo desde os objectos convencionais: lenços, malas, saris, bijuteria até aos mais bizarros: gasolina em garrafas de água (Goa) e serviços como limpador de ouvidos (Rishikesh)
7 - Indiano que é indiano faz sesta várias vezes durante o dia.
8 - Necessidade abismal de Trabalho Social em áreas como: Alfabetização, Desenvolvimento Local, Higiene, Educação para a Saúde, Educação de Adultos, Exclusão Social, Trabalho Infantil. Seriam necessários no minimo 3 milhões de educadores sociais para uma forte mudança mas... como realizar um projecto social sem interferir radicalmente na cultura indiana? Dá que pensar.
9 - Os turistas indianos pedem-me constantemente para tirar fotografias com eles.
10 - O metro de New Delhi é o melhor que já vi até hoje!!! Não encontrei um único aspecto negativo. Para além da segurança máxima em termos de policia, somos sempre revistados e as nossas malas passam por raio-x. A entrada de mendigos é proibida, ou seja, não te estão a pedir constantemente dinheiro. As condições dentro do metro são óptimas: ar condicionado, tudo novinho e limpinho, tomadas de electricidade para carregar telemóvel, portátil, camara. Mas o melhor de tudo: A primeira carruagem é apenas para mulheres!!! Nunca está muito cheio, não existe o perigo de mãos desviadas no meu rabo e não tenho a sensação de observação masculina o tempo inteiro. Ok, se calhar o aspecto negativo é a discriminação da carruagem só para mulheres e a entrada proibida a mendigos.
11- Um rolo de papel higiénico é um luxo, custa 45 rupias e um prato de comida pode custar 20 rupias.
Estou a gostar mesmo destes teus post, miúda! Que mundo tão diferente do nosso...e embora queira muito ir à Índia um dia, confesso que me custa pensar em dar de caras com umas cultura tão diferente e entrar em choque, principalmente quanto ao que referes no ponto 8...dá que pensar mesmo.
ReplyDeleteJiji
A minha melhor dica é que comecem em Goa, o choque cultural não é tão intenso e a pobreza não é assim taooooo visivel, nem tão pouco tens pedintes na rua o tempo inteiro.
DeleteQue curiosidades interessantes! Sempre a aprender! :)
ReplyDeleteA Marca da Marta
Bem, é a minha perspectiva Marta mas é muito assim =)
DeleteUaaah , não fazia mesmo ideia
ReplyDeleteRealmente somos tão diferentes
O ponto 9 é tão verdade! Turistas e não turistas, toda a gente queria tirar fotografias comigo... Chegaram a chamar-me "indian barbie doll". Eu sou estupidamente branquinha (ao ponto de, ao sol, começar a reflectir a luz) e queriam tocar na minha pele. É uma pena o ponto 8, e dá muito que pensar... O país precisa de muito trabalho. Ah, em Pequim é a mesma coisa em relação ao metro! Também há máquinas de raio-x e, nas horas ponta, fica uma fila enorme para entrar no metro por causa disso. Não fazia ideia que em New Delhi também era assim!
ReplyDeleteMundo Indefinido
Eu adoro a cultura indiana, desde a arquitectura à música. Sempre gostei de lugares exóticos e com diferentes culturas, um dos meus sonhos é uma viagem à Índia. Mas queria conhecer a Índia profunda e tradicional, não aquela bonitinha das revistas, quero conhecer a verdadeira Índia :)
ReplyDeleteBitaites de um Madeirense
Já sabia dessa deles abanarem a cabeça contrariamente ao nosso "sim", mas a do rolo de papel higiénico não fazia ideia! Nem vou perguntar como eles fazem porque já estou a calcular. Este choque de realidades é terrivelmente interessante e espero que a rubrica continue!
ReplyDeleteRicardo, The Ghostly Walker.
Quando fui a Istambul tive a mesma perceção k tu relativamente à criatividade daquela gente para o negócio. Tudo vale! :-) E em Quelimane também pensei que seriam precisos muitos anos de intervenção social e muitos educadores sociais para intervir perante tanta necessidade.
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